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JORNAL DA MANHÃ - UBERABA

Taxista e policiais brigam na porta de boate



Confusão na porta de uma boate situada na avenida Deputado José Marcus Cherém terminou com um policial rodoviário federal no hospital e um taxista alegando ser sido vítima de agressão. A ocorrência foi registrada por volta das 5h50 de ontem, após a Polícia Militar ser acionada no local.



O taxista Romildo Ferreira de Lima, 41 anos, contou aos policiais ter sido chamado para buscar algumas mulheres, mas quando chegou ao endereço quatro homens tentaram entrar no veículo. Quando Romildo informou que o veículo já estava ocupado, um dos indivíduos teria batido a porta do carro com força.



Neste momento o taxista desceu do veículo, um Fiat Siena, e foi tirar satisfações com o desconhecido. O motorista do táxi não sabia, mas três dos quatro homens são policiais rodoviários federais.



Romildo alega ter sido agredido fisicamente, inclusive com chutes na cabeça, e para se defender sacou um canivete com dez centímetros de lâmina, com o qual acertou um golpe no tórax do policial Carlos Alberto da Cunha Leme Júnior, 32 anos.



A vítima então entrou no veículo do taxista, com o qual colidiu em um poste e depois saiu do local. Policiais militares localizaram o carro minutos depois no cruzamento da avenida Santos Dumont com rua Espírito Santo. Carlos Alberto disse ter pegado o carro para procurar atendimento médico. Ele foi encaminhado para o hospital.



Os policiais alegaram que o taxista é quem iniciou as agressões, que se tornaram mútuas. Segundo eles, quando Frederico pegou o canivete de Romildo, este saiu correndo para o interior da boate, onde o portão foi fechado.



O inspetor da Polícia Rodoviária Federal em Uberaba, José William Guimarães, lamentou o ocorrido. Ele explicou que os três policiais (que são de São Paulo), estão em Uberaba como reforço da Unidade, na Operação Triângulo. Após uma semana de trabalho os policiais ganharam um dia de folga.



Para o inspetor, tudo aconteceu por causa de um equívoco, sendo que os policiais saíram de táxi justamente para poderem ficar à vontade e não se envolver em confusão. Ele também condenou o fato de o taxista andar armado com um canivete, e acredita que, para um profissional acostumado a trabalhar durante a noite, faltou bom senso por procurar tirar satisfação, devido apenas a uma porta batida com força. Segundo José William, todos agiram errado.



Quanto ao policial ferido, ele teve o pulmão esquerdo perfurado pelo golpe de canivete. Carlos Alberto permanece internado, e seu estado de saúde é considerado estável.



O taxista e os outros policiais rodoviários, Frederico de Melo B. Corralo, 38 anos, e Josué Jorge Correa, 45 anos, foram levados até a delegacia para prestarem esclarecimentos. Foram apreendidos o canivete e o veículo Fiat Siena, que teve vários danos.

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