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Montes Claros vive dias de insegurança



Pesquisa da Unimontes mostra que 74% temem uso de drogas, mas poucos buscam uma solução



Da Sucursal do Norte de Minas - 23/01/2011 - 17:28



MONTES CLAROS – O uso de drogas está, hoje, entre os maiores motivos de medo de quem vive em Montes Claros. Além das tragédias familiares envolvendo usuários e traficantes, estampadas nas páginas policiais, as drogas estão ligadas diretamente com os assaltos e assassinatos.



Apesar de as estatísticas apontarem redução da criminalidade na região, nos últimos anos, a população ainda vive a sensação de insegurança.



Os dados constam da pesquisa sobre a “Percepção da segurança e do medo na cidade”, realizada pela Unimontes e desenvolvida anualmente, desde 2006, pelo grupo de estudos e pesquisas em Metodologia das Ciências Sociais, Violência e Criminalidade.



Pesquisa entrevistou 400 moradores



O levantamento relativo a 2010 aconteceu em novembro passado, quando foram entrevistados 400 moradores das quatro áreas integradas de segurança pública da cidade.



A coordenadora da pesquisa, Maria Ângela Figueiredo Braga, doutora em Sociologia e Política, lembra que a população sente medo dentro de casa, ao andar nas ruas durante o dia, e até na vizinhança à noite.



“O sentimento de medo nas ruas é elevado, especialmente durante a noite. Enquanto 3% dos entrevistados afirmam se sentir muito inseguros em casa, nas ruas da vizinhança à noite, o percentual sobe para 20,3%”, informa a pesquisadora.



A pesquisa parte da metodologia utilizada pelas próprias polícias Militar e Civil para operar na cidade, que é dividida em quatro Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs).



Braga observa que os problemas mais recorrentes apontados pelos entrevistados são o uso de drogas nas ruas (74,1%), roubo e assalto na rua (67,8%), tráfico de drogas nas ruas (63,3%), e roubo e assalto em casa (54,9%).



“A pesquisa confirma o que já era sabido, já que o medo da violência relacionada ao tráfico de drogas atinge 63% dos entrevistados. Quanto à instituição ou pessoa que se busca para solucionar os problemas relacionados à violência, a polícia aparece como item principal apenas quando se trata de roubo e assalto, seja em casa ou na rua”, completa Maria Ângela Braga.



Apesar da demanda da população por mais segurança, a cidade tem apresentado redução nos índices de criminalidade e violência desde 2007. A assessora de comunicação da PM, Graciele Rodrigues, informa que, de 2007 para cá, o processo de modernização das estratégias de policiamento, baseado no modelo de gestão por resultados nas ações preventivas e repressivas, culminaram numa redução de 55% na média diária de assaltos e roubos registrados. “Em 2007, registrávamos média diária de nove crimes violentos. Em 2010, foram apenas quatro. E nos primeiros 14 dias de 2011, caiu para 2,5 assaltos e roubos, o que permite projetar média diária menor para 2011 ”, ressalta a militar.

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